Conheça um pouco do caso que se tornou o “Julgamento do Século”
Você sabe como foi o “Julgamento do Século”? O nome foi dado ao caso do ex-jogador de futebol americano, O.J.Simpson, símbolo esportivo na década de 90. Ele foi acusado de assassinar a facadas a ex-mulher, Nicole Brown, e o amigo dela, Ronald Goldman.
O julgamento durou 372 dias e dividiu os Estados Unidos, terminando com o réu declarado inocente. Terá havido erro jurídico? Se ficou curioso, confira abaixo!
Podemos considerar que um dos maiores erros deste julgamento foi o fato do Juiz da Suprema Corte de Los Angeles, Lance A. Ito – responsável pelo caso – ter permitido TOTAL acesso da mídia. Como se tratava de um grande astro do esporte mais amado do país e, a ao mesmo tempo, de um crime cruel, o cenário se tornou típico de uma trama de cinema, atraindo a atenção de toda a população. A repercussão foi tanta que o julgamento do ex-jogador de futebol foi nomeado de “O Julgamento do Século”.
Então, se você não conhece sobre o caso de Simpson, já consegue ter uma noção da influência que a imprensa e a opinião pública exerceram na decisão final deste capítulo da história, né?
Além disso, havia mais um detalhe: o “espetáculo” que envolvia o atleta foi o primeiro a utilizar exames de DNA como material de prova, fator de extrema importância para o direito penal.
Durante o extenso período no qual o julgamento tramitou perante o tribunal do júri, todas as etapas eram filmadas pela imprensa e transmitidas à população, que ficou dividida sobre o réu ser culpado ou inocente. De um lado, a promotoria desenhava um quadro gravíssimo de violência contra a mulher e, do outro, a defesa alegava perseguição policial contra seu cliente por conta do racismo muito conhecido dentro das instituições norte-americanas.
A promotoria provou diversas vezes que Nicole Brown, ex-esposa de O.J. Simpson, foi vítima de agressões mesmo após o fim do relacionamento que ambos tiveram. Também foi provado que o DNA do réu foi encontrado na cena do crime, mas mesmo assim, o atleta foi inocentado.
Além de ser marcado por tamanha crueldade envolvendo um atleta famoso, o caso ficou conhecido como “O Julgamento do Século” justamente pela espetacularização por parte da Justiça e da Imprensa acerca do assunto.
Devemos lembrar que a Imprensa é uma peça importante para que a população esteja a par do que está acontecendo, além de ajudar a sustentar a democracia, afinal, um país democrático deve possuir uma imprensa livre de censura. Entretanto, o caso de O.J.Simpson foi um claro exemplo de sensacionalismo, no qual a mídia e a opinião pública geraram tensão e influência em diferentes etapas do processo judicial.
Foram usados como argumentos diversas entrevistas e manipulação midiática para sustentar acusação e defesa dentro do tribunal, nos fazendo repensar até que ponto é possível a relação entre Justiça e mídia. Ambos são pilares importantes para a democracia funcionar, mas estabelecer limites e não deixar um influenciar o outro também é importante.
Então, vamos à seguinte questão: será que se o caso não tivesse sido escandalizado e exposto integralmente, as coisas teriam este desfecho?
Gostou de saber sobre este caso? Então fica atento, pois este é o quarto capítulo da nossa série “Julgamentos Históricos”. Anteriormente, falamos dos julgamento de Jesus Cristo, Joana d’Arc e Olga Benário.
Vamos deixar os links abaixo! Em breve, traremos a análise de mais casos históricos! Se sinta à vontade para enviar sugestões aqui nos comentários ou nas nossas redes sociais!
Clique aqui para acessar Julgamentos Históricos – Parte I – O caso de Jesus Cristo.
Clique aqui para acessar Julgamentos Históricos – Parte II – O caso de Joana d’Arc.
Clique aqui para acessar Julgamentos Históricos – Parte III – O caso de Olga Benário.
Até a próxima, pessoal!