Conheça a história de um dos crimes mais cruéis do Brasil
No dia 29 de março de 2008, há 13 anos, o Brasil presenciou uma notícia estarrecedora: a morte de Isabella Nardoni. O caso ficou conhecido em todo o Brasil. Se você não se lembra, vou refrescar a sua memória. Me refiro ao caso de uma menina de apenas 5 anos que foi agredida e jogada do sexto andar de um prédio. Os culpados eram nada menos que sua madrasta e seu próprio pai. Quer saber como essa história aconteceu? Vem comigo para o segundo capítulo da série JULGAMENTOS HISTÓRICOS NOS TRIBUNAIS BRASILEIROS!
A noite do crime
Isabella Cunha Nardoni possuía pais separados e, por isso, dividia seus dias entre as casas de ambos. A garota, de apenas cinco anos, estava sob a guarda do progenitor, Alexandre Nardoni, em companhia de sua madrasta, Anna Jatobá, quando tudo aconteceu.
As investigações apontam que Isabella começou a ser agredida ainda dentro do veículo, após a ida a um supermercado, com os responsáveis. Isso foi provado pela presença de sangue da menor nos bancos do veículo.
Ao chegarem ao edifício em que o casal residia, Isabella teria sido arrastada por Alexandre a seu apartamento, no sexto andar, onde Anna ainda a agrediu, asfixiando-a. De acordo com Anna, as agressões de fato ocorreram. Entretanto, ao se deparar com a possibilidade de a pequena garota já ter falecido em suas mãos, a nefasta solução tomada pelo casal foi jogá-la pela sacada.
A janela pela qual foi arremessada possuía uma grade de proteção, que foi cortada com uma faca de cozinha. Mas eis mais um fato perturbador: a ideia de jogar Isabella teria sido dada pelo AVÔ. Investigações e testemunhas apontam que, após perceberem que poderiam ter matado a garota de cinco anos, Alexandre teria entrado em contato com seu pai, Antônio Nardoni, avô de Isabella. O homem mais velho sugeriu que o casal jogasse a garota pela janela e simulassem um assalto à residência.
A versão dada pela polícia foi a seguinte:
A família voltava para casa após a ida ao supermercado e, quando chegaram no estacionamento, Alexandre levou Isabella para o apartamento e a colocou na cama, pois a garota já estava dormindo. Enquanto voltava para pegar as outras duas crianças no carro junto de Anna Jatobá, um assaltante teria entrado na residência e jogado Isabella pela janela.
Entretanto, Isabella não fora arremessada pela janela do quarto onde supostamente dormia, mas sim da sacada da sala, informação que vai contra o depoimento dado pelos pais.
Além disso, não foram os pais que acionaram a polícia ou o SAMU. A pessoa responsável por encontrar o corpo e pedir por ajuda foi o porteiro do prédio. Após escutar um barulho suspeito, o homem identificou o corpo da garota.
Se um dos motivos alegados para a atitude que tomaram foi acreditarem que a menina já estava morta, a perícia constatou o contrário: a garota ainda estava viva quando foi encontrada no térreo do prédio. Entretanto, Isabella não resistiu até chegar ao hospital.
Julgamento
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O casal foi preso no dia 3 de abril, dias depois do acontecido. A esse ponto, a única coisa veiculada na mídia era o caso Nardoni.
Durante o julgamento, o casal Nardoni nunca admitiu o crime e ambos negavam todas as acusações. Entretanto, para a Justiça, não havia como negar a responsabilidade de Alexandre e Anna, pois todas as provas assim indicavam.
O casal foi considerado culpado e condenado por HOMICÍDIO DOLOSO TRIPLAMENTE QUALIFICADO, crime que é caracterizado pela intenção de matar a vítima, com requintes de crueldade e impossibilitando sua defesa. O pai foi punido com 31 anos de prisão e a madrasta, com 26 anos.
Como estão hoje
Não é por menos que este crime ficou amplamente conhecido no país. A brutalidade praticada contra uma criança de cinco anos não é facilmente apagada da mente dos brasileiros, ainda mais quando o crime é praticado pelo próprio progenitor.
Atualmente, o pai de Isabella, Alexandre, está em regime semiaberto desde 2019, mas a madrasta, Anna Jatobá, apesar se enquadrar no
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semiaberto desde 2017, voltou ao fechado após infringir regras. Uma curiosidade é que a mulher cumpre a pena na mesma prisão que Suzane Von Richthofen, outro caso criminal muito conhecido em território nacional e que já foi tema aqui no BLOG! Quer conhecer mais da história da mulher que orquestrou a morte dos próprios pais? É só CLICAR AQUI!
Fique de olho, pois nossa série ainda não terminou. Semana que vem teremos o terceiro capítulo de “JULGAMENTOS HISTÓRICOS NOS TRIBUNAIS BRASILEIROS”. E, se quiser que eu fale sobre algum caso específico, pode enviar sua sugestão!
Até a próxima!