Modelo foi assassinada brutalmente pelo goleiro Bruno
O Brasil vivenciou diversos crimes brutais. O caso da modelo e atriz Eliza Samúdio é mais um que chocou o país. A mulher foi sequestrada, torturada e morta pelo goleiro Bruno Fernandes, homem com quem teve um caso amoroso. O motivo de tudo isso, para o atleta, teria sido um filho indesejado. Até os dias de hoje não foi descoberto onde o corpo de Eliza está. Quer saber como tudo isso aconteceu? Então, vem comigo para o quarto capítulo da nossa série “JULGAMENTOS HISTÓRICOS DOS TRIBUNAIS BRASILEIROS”.
Como tudo começou…
O caso aconteceu em 2010, mas as motivações começaram um pouco antes, em 2009, quando Eliza Samúdio se relacionou com o goleiro Bruno, que era casado no período. Desse caso amoroso surgiu uma gravidez inesperada, indesejada pelo atleta que vivia o auge de sua carreira como jogador de futebol. Foi neste momento que ambos entraram em divergência, pois a modelo não aceitava interromper a gestação, ideia proposta por ele.
A violência começou a partir deste conflito. Em outubro de 2009, após se recusar a realizar o aborto, Eliza prestou queixa na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, alegando ter sido mantida em cárcere por Bruno e seus amigos e obrigada a tomar substâncias abortivas. Além disso, na denúncia, a modelo relatou ter sido agredida e que Bruno também a ameaçou com uma arma. A partir de então a Justiça decidiu que o goleiro não poderia mais se aproximar de Samúdio, este que negava todas as acusações. Entretanto, essa proteção foi cancelada pela juíza Ana Paula Delduque, alegando que a Lei Maria da Penha não se enquadrava ao caso, sob o fundamento de que o vínculo entre ambos não era afetivo e familiar, desconsiderando completamente o fato de que Eliza estava grávida de cinco meses!
Desde que decidiu ter o filho, a modelo lutou para que Bruno assumisse a paternidade, sendo acusada por ele de dar o conhecido “golpe da barriga”. Eliza entrou com uma ação de reconhecimento de paternidade cumulada com pedido de fixação de pensão alimentícia quando o filho já havia nascido. Mesmo sendo um atleta famoso entre os times de futebol, o goleiro se recusou, preferindo por fim à vida da mãe de seu filho, ao invés de ajudar a cria-lo.
De astro do futebol a assassino
Já em 2010, Bruno juntou amigos próximos e arquitetou como resolveria o que chamou de “problema”, quando se referiu a Eliza e a criança. O primeiro passo seria enganar Samúdio, fingindo, pela primeira vez, concordar em reconhecer o filho e pagar pensão. A modelo foi convidada pelo goleiro para ir até Belo Horizonte, lugar no qual iriam tomar todas as medidas para o objetivo que possuíam. Entretanto, de lá, Eliza foi levada para um sítio do atleta, no interior de Minas Gerais. A partir daí, amigos e familiares não tiveram mais notícias da modelo.
Os detalhes que contarei a seguir foram relatados por um primo de Bruno, de apenas 17 anos, que teve participação no crime cometido contra Eliza. Sua consciência o fez delatar o que presenciou. De acordo com o jovem, Eliza já estava sendo agredida no carro de Bruno, fato constatado pela perícia, pois seu sangue foi encontrado no interior do veículo. O jovem conta que, ao chegar da viagem, Samúdio passou cerca de três dias no sítio, sofrendo torturas e ameaças por parte de Bruno e seus dois amigos mais íntimos, ambos conhecidos como “Bola” e “Macarrão”. Depois de morta, ela teria sido esquartejada e “entregue aos cachorros” sob as ordens de Bruno. Os investigadores nunca conseguiram encontrar o corpo da modelo.
E a criança? Bom, o pequeno ficou nas mãos da esposa de Bruno, Dayanne Rodrigues, que também foi investigada por participar do crime contra Eliza. O filho de Samúdio ficou desaparecido e foi encontrado em uma comunidade de Ribeirão das Neves. Dayanne foi a principal suspeita de tê-lo entregado a pessoas neste local.
Julgamento de Bruno e mais sete pessoas
Bruno se tornou suspeito da polícia cerca de 20 dias após o desaparecimento de Eliza. O goleiro e seus cúmplices começaram a ser investigados, sempre negando as acusações. Entretanto, ligações, testemunhas e provas no local do crime comprovavam a versão dada pelo jovem primo de Bruno. Ao todo, o goleiro e mais sete pessoas foram presas pelo crime.
Apesar do crime acontecer em 2010, Bruno foi condenado apenas em 2013, em primeira instância, no Dia Internacional da Mulher. O homem foi punido com 22 anos de prisão, por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver.
Atualmente
Apesar de ter sido afastado do clube de futebol que fazia parte na época (Flamengo), Bruno obteve outro contrato profissional – ainda dentro do regime fechado! Em 2017, conseguiu um habeas corpus concedido pelo Ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, que decidiu que o jogador poderia permanecer em liberdade, pois seu caso não fora julgado em segunda instância. A partir daí, o goleiro estava de volta às ruas e com emprego garantido em um time. A decisão, posteriormente, foi revogada, e Bruno retornou à prisão. Entretanto, após cumprir parte da pena, desde 2019, Bruno está livre. O ex-jogador largou o esporte e se aventurou na carreira de investidor.
O filho de Eliza com Bruno completou recentemente 11 anos de idade e vive com os avós maternos. Até hoje, ambos não mais se encontraram.
Caso revoltante, né? Quer saber sobre outros crimes chocantes que ocorreram aqui no Brasil? É só ver aqui no BLOG, onde já trouxemos casos famosos como Isabella Nardoni, Suzane Von Richthofen e Daniella Perez.
Até a próxima, pessoal!