Erros comuns que atrasam e reduzem o valor de sua aposentadoria (PARTE III)

Imagina ter a tão sonhada aposentadoria atrasada ou com o valor reduzido? Este é um pesadelo para muitos, entretanto, por conta de erros básicos e BASTANTE COMUNS, isso pode acontecer com facilidade. A burocracia e a demora podem ser ainda mais tortuosas caso você não tenha o mínimo de aconselhamento ou conhecimento sobre o assunto.

Aqui no blog, costumo explicar desde os processos mais simples aos mais complexos sobre aposentadoria, além de conceder dicas para tornar o sonho de aposentar muito mais acessível. Neste texto, não será diferente. Trago a terceira parte da nossa série “Erros comuns que atrasam e reduzem o valor de sua aposentadoria”.

Você não pode deixar de conferir as outras duas partes, recheadas de excelentes dicas. E pode acessar a PARTE UM AQUI e a PARTE DOIS AQUI.

Agora que já tem acesso às duas partes anteriores, vamos às dicas de hoje para buscar uma aposentadoria vantajosa e antecipada.

Não considerar a possibilidade de efetuar recolhimentos em ATRASO

Nem sempre os segurados conseguem manter as contribuições em dia junto ao INSS e acabam acumulando competências “em aberto”. ENTRETANTO, é muito comum o trabalhador não solicitar a emissão de guias para efetuar tais recolhimentos, realizá-los de forma equivocada ou até deixar de considerá-los na hora de pedir sua aposentadoria (sim, o INSS, muitas vezes, não os considera, e é necessário proceder ao respectivo requerimento para convalidá-los, da maneira adequada).

Devemos lembrar que, para pagar estas contribuições em atraso, não basta apenas gerar as Guias de Previdência Social (GPS) e depositar os valores devidos. Caso o período ultrapasse cinco anos, é necessário comprovar o exercício das atividades neste tempo em que o indivíduo não estava contribuindo.

Apesar de muitos se perguntarem se vale a pena pagar as contribuições em atraso, já adianto que HÁ, SIM, grande possibilidade de tais pagamentos serem vantajosos!

O que ocorre é que frequentemente segurados simplesmente pagam guias em atraso sem proceder ao requerimento da forma correta, para que seja “convalidadas”, ou seja, para que cada guia conste no Sistema do INSS como referente à sua competência.

Além disso, a melhor forma de fazer a contribuição de competências em atraso é solicitar a emissão condicionada das guias – um requerimento específico, pelo qual se pleiteia que os pagamentos somente sejam exigidos caso resultem na concessão do benefício, e que deve ser feito pela via adequada (uma petição nesse sentido).

E, caso já tenha recolhido os meses pendentes, confira se constam no CNIS nas competências corretas. Caso contrário, peça sua convalidação.

Não computar tempo reconhecido em reclamação trabalhista

Precisou entrar com ação trabalhista para exigir que seus direitos fossem atendidos? Não deixe de contabilizar este período para dar entrada na sua aposentadoria. Muitas vezes o INSS não conta este tempo automaticamente e é necessário estar de olho nisso para que você não saia prejudicado.

Tenha uma cópia do processo trabalhista e apresente-a ao INSS para que o órgão esteja a par de todos os pontos desta ação que envolve você e a empresa.

Dar entrada na aposentadoria por conta própria

Aposto que entre todos os erros que já citei, alguns deles você provavelmente cometeria ou já viu alguém cometer por falta de conhecimento e orientação. Entretanto, é impossível passar todas as informações que o segurado precisa por meio de um BLOG, afinal, cada indivíduo possui um histórico único e precisa que um advogado o analise atentamente.

Com um profissional especializado ao lado, você poderá ter um planejamento previdenciário bem elaborado. Só assim poderão ser desenvolvidas estratégias ESPECÍFICAS com o intuito de promover a elevação da renda mensal e até conseguir escapar de parte da burocracia que prolongaria o requerimento.

Além de saber exatamente quando você poderá se aposentar e aplicar os melhores métodos para que isso aconteça sem muitas complicações, contratar um advogado também envolve ECONOMIZAR. Isso mesmo que você leu. Sabe por quê? Eu já contei aqui como são comuns os erros em aposentadorias que foram requeridas por conta própria, certo? Para “consertar” esses equívocos, o segurado pode gastar muito mais DINHEIRO e TEMPO do que se tivesse realizado o processo inteiro com a orientação de um profissional.

E a economia também decorre de contribuições feitas desnecessariamente, ou em valor acima do suficiente – o que não é raro quando não há PLANEJAMENTO.

Existe outro PORÉM: não podemos considerar erros apenas por parte dos segurados, mas também do INSS. O órgão comete diversos equívocos e, muitas vezes, concede benefícios menos vantajosos para os cidadãos. Sem o devido conhecimento, os trabalhadores não irão contestar. Já pensou perceber que está recebendo bem menos do que deveria depois de ANOS já aposentado? Parece irreal, mas são situações que, durante minha carreira como advogado, encontrei e ainda encontro inúmeras vezes em meu escritório.

Por hoje é só. Gostou das dicas? Então você vai gostar de outros textos já publicados por aqui. O blog está recheado de explicações didáticas para lhe ajudar a entender o universo da previdência. Se precisar de ajuda é só me chamar aqui nos comentários ou nas redes sociais.

Até a próxima, pessoal!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima